terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A SÍNDROME DE BURNOUT O trabalho é a grande mola propulsora do progresso social e é através dos processos produtivos que é possível que todos os cidadãos possam atuar conjuntamente no meio em que vivem como verdadeiros protagonistas da cena social, que é sim composta pela pluralidade de indivíduos nos seus mais diversos ambientes laborais,porém, nem tudo é bom ou repleto de qualidades, mas que há também diversas anomalias que merecem atenção para não causar nem prejuízos físicos à saúde dos trabalhadores nem prejuízos financeiros aos empresários e gestores das empresas. Dentro do ambiente produtivo em que os funcionários e colaboradores das empresas passam a maior parte de seu tempo os mesmos tem de desempenhar diversas atividades simultaneamente e nos dias atuais isso se dá num tempo mínimo, podendo gerar um certo desconforto à saúde física e mental à todos os elementos que compõem a equipe de trabalho e diversas espécies de males advindos do exercício contínuo de certas atividades profissionais, e uma delas é a chamada Síndrome de Burnout, nome bastante complicado de se falar, não é mesmo?Porém, antes de explica-la precisa-se antes saber o que vem a ser uma Síndrome? Uma Síndrome refere não a uma única doença com um único sintoma, mas um estado mórbido caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas, e que pode ser produzido por mais de uma causa. Já tendo esclarecido o significado de Síndrome passa-se a questão propriamente dita do tema deste artigo que ora escrevo. A Síndrome de Burnout é uma expressão inglesa que compõe os vocábulos burn, que em inglês significa queima e a outra palavra inglesa out que significa exterior, significando portanto que tal anormalidade refere-se ao desgaste físico e emocional do indivíduo e que este lado comportamental passa a ser agressivo e irritadiço. Com relação aos tipos de pessoas predispostas a contraí-la estas são absorvidas por pessoas que exerçam atividades profissionais cuja base é ajudar as outras pessoas, enquadrando-se neste perfil médicos, enfermeiros e professores. Para outros autores, a mesma é julgada como algo distinto do estresse genérico com a presença de apatia extrema, não como sinal de algum tipo de estresse mas como uma de suas conseqüências bastante sérias. Realmente a sua origem é proveniente do contato de profissionais cujo contato interpessoal mais exigente envolvendo profissionais como médicos, psicanalistas, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento pessoal, telemarketing e bombeiros. Porém, atualmente as observações já são estendidas para todos os trabalhadores que se relacionam ativamente com as pessoas, cuidando ou resolvendo problemas de outras,seguindo a técnicas e métodos mais exigentes e com participação direta na organização do trabalho. Outra definição de tal anormalidade é a que se refere a uma reação à tensão emocional crônica propiciada através do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, a doença ao ser adquirida promove um maior desinteresse no trabalho, as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a ser inútil. Há ainda fatores associados ao desenvolvimento da mesma como pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com chefias, colegas ou clientes e ainda conflitos entre trabalho e família e sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe. Diferente do estresse, os autores defendem a Síndrome de Burnout como o envolvimento de atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes organização e trabalho, enquanto que estresse influi na vida do sujeito em sua relação com o trabalho, porém a mesma é julgada como sendo a conseqüência mais depressiva do estresse desencadeado pelo trabalho e dentre os seus sintomas básicos seriam inicialmente uma exaustão emocional onde a pessoa não considera poder dar mais nada de si mesma,desenvolvendo atitudes negativas e demonstrando falta de realização pessoal no trabalho e afetando consideravelmente a realização de tarefas e tendo dificuldades em adequar-se à organização, com transtornos psicossomáticos e aumento de consumo de substâncias como café,álcool e drogas ilegais e ainda demonstrando-se desorientada e com dificuldade de concentrar-se, tendo baixa auto-estima e desenvolvendo problemas de sono, úlceras digestivas e aborrecimento constante bem como sentimento de onipotência , desorientação e conflitos tanto no ambiente laboral quanto no familiar. Assim, para que se possa combatê-la é importante que se tomem algumas atitudes:treinar habilidades de autocontrole,identificar pensamentos negativos,controlar o estresse, utilizar apoio social com a equipe e trabalhar a informação sobre os aspectos de sua carência como profissional. Portanto, é a partir de um sistema de gerenciamento racional e uma gestão racional que se combaterá esse grande mal que pode não somente afetar a capacidade produtiva de um trabalhador mas que à partir de medidas racionais de qualidade de vida no ambiente de trabalho o indivíduo será melhor aproveitado na empresa e também terá reconhecido o seu lado humano e a partir dessa valorização adquirirá uma melhor qualidade de vida para si e para todos os seus companheiros de trabalho.